sexta-feira, 29 de abril de 2011

quase mais nada a dizer....

Enquanto os odores da cidade são trazidos por uma brisa suave,penso.No início tudo parecia tão distante, o inalcançavel sonho,hoje,se torna um pesadelo que penetra minhas visceras com lanças afiadas.Tudo se foi,e agora oque vejo é uma cortina branca,como uma neblina espessa,impenetrável distorcendo os contornos do meu passado.As ideias aparecem como estrelas cálidas sob o grande manto negro da noite,porém desta vez,quem irá fazer o essencial?Quem irá apontar os buracos,fechar as janelas e apagar as luzes ao sair?Tudo se foi e eu continuo abrindo a geladeira em busca de soluções mas tudo oque encontro é o velho presunto mofado esquecido pelo tempo,cuspindo de forma implacável seus odores putrefatos, e, como quase tudo na vida,apenas fecho a porta rapidamente e esqueço a presença do problema indesejável.Nada é resolvido por si só,caso o contrário não existiria um espaço em branco abaixo de cada pergunta.O que é mais difícil?Viver em uma queda de braço com o mundo,cujo os principais combustíveis são o ódio e a ignorância,ou simplesmente deixar-se ser mutilado progressivamente,vestir a máscara,entrar na fila para o abate?

B.Germano.

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